sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Mais do mesmo.

Eu queria o pra sempre.

Queria a leveza de um amor seguro, queria a segurança de um amor tranquilo. Eu queria o amor. Queria o amor dos teus olhos, e do teu sorriso. Queria que quando tua mão segurasse a minha, todos os milhões de pensamentos que invadem minha cabeça e me atormentam parecessem apenas algo insignificante se comparado ao teu toque. Teus menores gestos fazem meu coração achar o peito um lugar demasiadamente pequeno pra bater. Qual o maior clichê do amor que não aquela euforia desmedida de quando o telefone toca e você deseja ouvir o alô de apenas uma pessoa? Eu quero todos os clichês.

Eu quero tudo, tanto e quero pra sempre.

Como se o amanhã fosse pequeno demais pra o tamanho do amor que eu sinto, e a ideia de te ter hoje não bastasse pra tanto querer. Eu quero todos os quereres contigo. Eu quero tudo. Eu quero toda a imperfeição dos nossos defeitos. Eu apararia todas as arestas pra me encaixar no teu abraço. Eu queria caber. Eu só queria estar. O que eu mais queria era permanecer.

Mas o que eu tenho?
Apenas um amor incontável e um punhado de dias contados no dedo. Eu tenho esses milhões de medos. Eu sou apenas esse quadrado que não roda. Eu não sou nada comparada ao tempo.


Eu tenho um amor que se perderá no mundo. E de todos os clichês cabíveis ao amor, eu queria apenas um.

O amor possível.

sábado, 4 de janeiro de 2014

Onde vivem seus monstros?

Tenho uma porção de monstros guardados em mim. 
Cada vez que que calo, que abaixo a cabeça, que me deixo levar. Cada vez que me volto pro nada, que me escondo, que finjo não ver, ou que fecho os olhos. Sempre que fujo, que corro, que sumo.
Estão todos lá. Apenas me olham, sem jeito, como se entendessem. Porque fazem parte de mim, como faço eu deles.
Não são maus, mas me assustam. Me assusta a velocidade com que ganham força, a força com que gritam quando me calo. 
Nunca assumem o controle mesmo quando perco o controle de mim.
Não me abandonam, me acenam simpáticos do espelho todos os dias, sempre a espreita.
Meus monstros vivem em mim, e me sorriem.