domingo, 13 de setembro de 2015

"Você anda fingindo muito bem que está bem" me disse alguém esses dias. E a pior das verdades é que eu não estou fingindo. Para isso, seria necessário que eu sentisse algo. Mas eu não sinto. Eu, sempre tão dramática, sempre tão sentimentalmente confusa e sempre, sempre apaixonada por algo ou alguém, não sinto nada. Absolutamente.. nada. 

E isso me assusta.
Pra caralho. 

domingo, 6 de setembro de 2015

Escrevo pra te dizer que sinto saudades. Saudades terríveis de como eramos antes. De como víamos o mundo e segurávamos nossa onda. Nossa barra, sem saber quem direito quem eramos. Eu sinto saudade da nossa solidão, que antes compartilhavamos tão facilmente com qualquer um. Sinto saudade da nossa facilidade, da nossa fragilidade suave, da nossa criancice. As vezes, me pego sentindo saudade da nossa falta, das nossas duvidas, dos nossos medos estranhos. Lembra dos nossos medos tolos, de nunca ter ninguém? Ainda temos. Mas o que somos hoje? Me pergunto todos os dias por você. Por onde andas? Em que parte do caminho eu te deixei? Ou que fui deixada? Ainda te procuro no espelho todos os dias. Dentro dos meus olhos, na minha fala, na minha cara, se te reconheço. Eu queria tanto te contar do nosso progresso. Do meu, teu, progresso. O mesmo progresso que nos afastou. Lembra quando eu tive que decidir entre ficar ou crescer? Queria te contar que ainda choro do mesmo jeito. Como se sufocasse. Que eu ainda falo pelos cotovelos, como se as palavras mandassem na minha boca e não o contrario. Que eu não sei guardar nossos segredos e sempre me revelo tão fácil. Que eu ainda sou boba e medrosa. Mas que eu ando sorrindo mais. Mais bonito, mais de dentro, sabe? Que aquele medo da gente ser sozinha pra sempre continua batendo forte aqui dentro, mas que ando aprendendo a pensar em soluções pra ele. O fato é que eu mudei. E eu te peço desculpa, por ter te largado no meio do caminho. Mas era preciso. Eu só queria te contar que a gente parou de se preocupar se tá no caminho certo. Mas que estamos em algum caminho. 

Com amor de quem se reconhece, 
Eu.