Quando me conhecer, seja
paciente, pois sou insegura e me apego fácil. Eu choro sempre que me sinto
angustiada ou ansiosa, e eu sinto tudo isso muitas vezes por dia, chegando até
duvidar de mim mesma. Então por favor, te peço que me abrace muito e com
carinho, porque eu vou precisar muitas vezes. Por favor, mesmo longe, tente
sempre ficar por perto, porque eu tenho uma mania idiota de acreditar que eu
afasto as pessoas que amo. Se puder, me mostre vez ou outra que estou enganada
em acreditar que é difícil permanecer ao meu lado e que eu não sou a pessoa
mais egoísta que você já pode ter conhecido, ainda que muitas vezes eu aja como
uma criança. Se eu me afastar, por favor, não me deixe ir. Eu caminho sozinha,
mas eu me perco com frequência. E tenho medo de
dobrar esquinas e não encontrar ninguém. Quando eu disser uma besteira,
ou pronunciar algo errado, me corrija de forma delicada, e ria comigo, não de
mim, porque você não sabe, mas eu costumo remoer meus erros por dias, e mesmo
os bobos, parecem pedras enormes das quais não consigo me desfazer. A verdade é
que eu não sei ser sozinha. E minha solidão me dói mais que todos os dias. Tudo
me pesa. Se eu for demais pra você, por favor, não entre na minha vida. Mas se
puder ficar, fica. Ainda que eu não te ame da forma mais correta, é a melhor
coisa que sei fazer.
segunda-feira, 21 de dezembro de 2015
domingo, 20 de dezembro de 2015
Sobre o que falta.
Sinto falta de ser olhada como se fosse a coisa mais especial a ser vista. Sinto falta de olhar como se quisesse decorar cada curva de um rosto já prevendo saudades. Sinto falta das saudades. Saudade de estar perto. Saudade de estar. Sinto falta de dedicar musicas, de ser cafona, de ser clichê, de dizer que amo mais que tudo e que meu amor é eterno ainda que ele tenha prazo. Sinto falta dos suspiros e respirações durante as ligações longas e de quando até silêncios são confortáveis. Sinto falta de estar confortável. Com meu corpo. Com meus gostos. Com meus hábitos. Sinto falta de não ter medo do amanhã. Dormir e acordar sabendo que aquele querer me pertence. E que eu pertenço. Sinto falta de pertencer. Ser do outro mesmo sendo tão minha. Sinto falta de completar. De ser a paz, de estar em paz, de ser abrigo. Sinto falta de abraços silenciosos que afagam mais que palavras de afeto. Sinto falta de poder demonstrar afeto. De amor. De amar.
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