domingo, 13 de novembro de 2011

domingo, 6 de novembro de 2011

Só. Apenas.

E eu estou há horas sentada aqui em frente dessa tela branca, com o peito entulhado de coisas, de medos, de faltas, de vazios tão inexplicáveis quanto inquestionaveis, que me encaram, me assustam, e me chamam, como um imenso abismo que se posta à minha frente.
E eu desato a escrever palavras, a gritar minhas angustias tão sentidas e já não sei dizer se esse abismo sou eu, ou se me jogo.

...

E então eu paro de escrever, e desisto. Porque eu não quero, nem espero ser lida. Queria era ser confortada.
Eu queria, desesperadamente, ser abraçada.
Sem falar, sem ser, sem dor ou entender.
E não de repente, eu queria apenas encostar minha cabeça, num peito cujo coração batesse devagar, a me acalmar.
Como se no silencio, antes tão desesperador, sussurrassem palavras suaves que parassem - e amparassem - meu mundo esquisito e me fizesse feliz por um segundo.
Eu queria, por um breve segundo, saber como é ser acalentada.
Me sentir amada. E sem medo de despertar sozinha, adormecer.

...

São só umas tantas palavras. São só pequenos desesperos abafados. Apenas eu, uma tela em branco e as mesmas angustias no peito.
E ninguém que leia. Ou se importe.