terça-feira, 25 de março de 2014

Amar, do verbo Caber.

Eu fico tentando me diminuir pra ver ser consigo caber num abraço.
Eu fico amenizando meus defeitos afiados para tentar não machucar.
Eu fico me fazendo de cega, pra quem sabe alguem me enxergar.
Eu fico me modificando, só pra alguem me aceitar.

Mas um dia eu vou acordar, e perceber.
Que o abraço perfeito vai me caber por inteiro.
Que meus defeitos vão machucar, mas não vão doer.
Que mesmo invisível, eu serei vista.
E que toda errada, eu serei aceita.

Porque pra ser amor, eu preciso ser eu.
E apenas.

Nada mais desnecessário que o acaso.

Dizem que o amor só acontece quando se está distraído. Eu vivo me perguntando o quão distraída eu precisarei estar pra encontra-lo. E se eu, distraída, passei do ponto, e ele passou de mim? E se um dia ele esteve ali, e eu por distração, o perdi? Sabe, eu sou naturalmente distraída. E tenho a impressão de que o amor anda distraído demais pra me encontrar. Ou vai saber. Talvez seja necessário a medida certa, exata.

Nesse caso, fudeu.
Sou distraída demais e equilibrada de menos.


(Passa reto amor, não fui feita pra você. Definitivamente.)

quinta-feira, 20 de março de 2014

Fim de jogo.

Um dia eu vou virar o jogo. Quando a milesima partida estiver quase perdida, e mais uma vez o jogador do time adversario estiver pra me acertar. Quando eu estiver prestes a cair, e o chao se aproximar. Quando o placar estiver incrivelmente contra mim, e toda torcida contra. Então, quando tudo parecer inevitavelmente perdido, eu virarei o jogo.
E nessa hora, meu coração perdedor vai dar sua ultima batida. E todos pensarão que perdi de vez o jogo. Mas quando ele parar de bater, então, tudo estará ganho. Porque nada mais poderei perder.