sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Disse não gostar dela. Disse-lhe que era apenas bonitinha, sem grande exageros, ou coisa especial. No entanto, nunca passou mais de dois segundos ao seu lado, tempo em que a veria colocar os cabelos atrás da orelha de forma a ver bem seu rosto corado ou seus olhos tímidos. Ou de vê-la sorrir e poder ver as covinhas tão bonitas que aparecem em suas bochechas. Nunca ficou por tempo suficiente pra ver seus trejeitos doces enquanto conversa, ou sua voz suave enquanto fala.
Não ficou porque não a achou interessante, disse não haver assunto, que não haveria conversa, que ela até poderia ter algo a mais que, no entanto, não havia encontrado.
Isso porque estava tão preocupado em ser conquistado, ou avaliar se os amigos apreciariam a nova conquista que não percebeu que o que impedia o assunto era ele e não ela. Se estive disposto, ou aberto, a veria sorrir e cantarolar as músicas de que gosta, ou se surpreenderia com o modo como ela conversa sobre o que gosta, como o assunto flui depois de passada a timidez. A ouviria falar sobre seus livros, sobre suas musicas, seus sonhos infinitos e a infinidade de coisas que assim como todo mundo, gosta.
Se quisesse, a teria visto falar por horas, a sorrir, a cantar, ou estalar os dedos enquanto fala.
Mas ele não ficou ali, por que a julgou diferente, fora dos padrões, do seu tipo.
Ele não a ouviu, ele não a sentiu. Nem sequer se deu a oportunidade de deixar-se apaixonar.
Porque no fundo, ele não a viu.
E vai sempre faltar algo nela que chame sua atenção.
Porque nessa eterna vitrine em que vivemos, não há espaço pra quem não é superficial.

domingo, 13 de novembro de 2011

domingo, 6 de novembro de 2011

Só. Apenas.

E eu estou há horas sentada aqui em frente dessa tela branca, com o peito entulhado de coisas, de medos, de faltas, de vazios tão inexplicáveis quanto inquestionaveis, que me encaram, me assustam, e me chamam, como um imenso abismo que se posta à minha frente.
E eu desato a escrever palavras, a gritar minhas angustias tão sentidas e já não sei dizer se esse abismo sou eu, ou se me jogo.

...

E então eu paro de escrever, e desisto. Porque eu não quero, nem espero ser lida. Queria era ser confortada.
Eu queria, desesperadamente, ser abraçada.
Sem falar, sem ser, sem dor ou entender.
E não de repente, eu queria apenas encostar minha cabeça, num peito cujo coração batesse devagar, a me acalmar.
Como se no silencio, antes tão desesperador, sussurrassem palavras suaves que parassem - e amparassem - meu mundo esquisito e me fizesse feliz por um segundo.
Eu queria, por um breve segundo, saber como é ser acalentada.
Me sentir amada. E sem medo de despertar sozinha, adormecer.

...

São só umas tantas palavras. São só pequenos desesperos abafados. Apenas eu, uma tela em branco e as mesmas angustias no peito.
E ninguém que leia. Ou se importe.

sábado, 29 de outubro de 2011



Sossegue coração. E acalme esse bater, que ele não vem hoje.
Fique firme, fique comigo. Continue a bater, que ele não vem amanhã.
E você vai reclamar, e gritar absurdos no meu peito, mas ele não virá.
Não mais, coração.
Agora somos eu você, como antes. Como sempre.
E no começo, eu você estaremos em descompasso. E eu vou odiá-lo e você me culpará por estarmos sozinhos.
Mas nós estaremos juntos. Eu e você, coração. Porque eu prometi te carregar no peito, houvesse o que houvesse.
E você prometeu que por mais que pedisse, você não deixaria de bater.
Talvez ele volte. Talvez não.
Mas vamos fazer um acordo, ok?
A gente continua firme, a gente continua aqui. A gente continua acreditando.
Porque eu não posso viver sem você, coração.
Então por agora, bata por mim.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Vista o sorriso e des(apareça).

Tá vendo essa pessoa que você vê no espelho? Esqueça.Você não pode sê-la. Você não pode aceita-la. Você nem sequer pode sorrir-lhe.
Todas as outras pessoas, que se olharam, e perceberam que nunca seriam aquelas pessoas que vêem, te odeiam. Te maltratam, te ignoram.
Essas pessoas que mentem pra si mesmas, que se maltratam, são as mesmas que te gritam hipocrisias na cara. E se dizem donas da verdade, da moral, e você..você é só alguém que ousou olhar no espelho e as desafiou.
E por isso, é você o hipócrita. Você é a mentira. Você é o perigo. Você é a falha.
E se você insisti em ser a pessoa que vê ai na porra desse espelho, de meia volta e suma dentro de si mesmo, porque você não será nunca o bastante pra essa sociedade de gente má, mas quem tem sempre razão.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Falta.


Eu tô cansada dessa história toda. Não me sobram sorrisos, não me restam caras. tenho no bolso um punhado de dúvidas e algumas alegrias dúbias que molharam quando eu desistia de tudo.
Acabou a festa, a graça, e o tempo não passa. Nos dilacera.
A validade venceu. E saímos todos perdedores.




"Não ando perdida. Ando desencontrada."
Cecilia Meireles.

sábado, 24 de setembro de 2011

[...]

E o dia amanheceu mais cinzento do que a maioria. E veio aquela vontade absurda de escrever sobre aquela angústia que a gente quer acreditar que desconhece, mas que sabe bem de onde vem, e tem nome certo. Nem dá pra saber ao certo se a trilha sonora é do rádio que você ligou sem perceber, ou da sua cabeça que não te deixa em paz, mas fato é que aquela batida triste vem te acompanhando há dias e nem dá mais saber se é o peito ou a vida que tá escolhendo sua playlist.
Pode-se observar incansavelmente o dia correndo lá fora, que será sempre a mesma cena passando diante desse olhar vazio. E aquilo fica martelando na sua mente, como castigo pela confusão.
Naquela hora, nem as palavras estavam do seu lado. Na hora que deviam entrar em ação, calaram-se e te deixaram quieta. E você não disse uma palavra sequer quando era a hora. Foram apenas suspiros e então se virou pra dentro, junto com elas, inútil.
E já não se sabia mais fazer o outro feliz. E já não tinha a menor graça ser feliz sozinho.
Perdeu-se o foco, se perdeu a essência, o sentido, o sorriso.
E talvez tenha restado algo, mas hoje o céu amanheceu cinzento de um azul triste, e o sol não sorriu quando a janela foi aberta.
Porque hoje, quando o sol saiu, todas as pontas haviam sido destruídas.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Anoitecer

É com o travesseiro que me abraço quando a falta de teus braços desperta minhas carências.
Vou me enchendo de tristes lençóis pra ver se aqueço a cama que você não deita.
E sozinha vou acalentando a noite, na solidão tamanha que tua ausência deixa.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Talvez o amor não saiba ler.


Escreveram uma vez sobre o menino, um príncipe, que caia por acaso na Terra, e encontrava um piloto. Entre tantas outras coisas, enquanto o piloto achava que ensinava algo sobre a vida ao menino, acabava sendo ensinado sobre o amor.
Eu, você e muitos por ai, agimos como se soubéssemos ou entendemos algo sobre o amor. Agimos como se ele nós pertencesse. Como se nós o dominássemos, o controlássemos. Como se ele fosse apenas mais alguma coisa comum no nosso dia-a-dia.
EU NÃO SEI NADA SOBRE O AMOR. Estamos errados. Somos todos pilotos nessa jornada. Nada entendemos sobre essa força que queiramos ou não, nos move.
O amor tem várias caras. Vários olhos, mãos ou sorrisos. Ele pode estar aqui ou não. Disfarçado ou não. Quem dirá ou não se não é uma grande farsa?
Não sabemos de nada. Não entendemos ou controlamos, absolutamente, nada.
Deixemos de ser orgulhosos. Você mal sabe o que é o amor pra você. Como dizer como é o amor pra outra pessoa?
Precisamos é fechar os olhos. Estamos vendo demais e sentindo de menos. Quem entende tudo não percebe nada.
Somo todos pilotos perdidos nesse deserto. As vezes somos todos flores orgulhosas cheias de espinhos. As vezes somos pequenos príncipes. Basta que se permita. Que se acredite. Que se deixe ser e aprender. A vida é assim. O amor é assim.
E está ai. Pra mostrar que é bom demais, pra quem é muito esperto.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Sobre as esperanças


Abre os olhos. Abre a janela, olha o dia e deixa raiar a vida por entre essas tuas frestas.
Deixa tudo de lado. Deixa que o tempo se perca no espaço. Se perca você na imensidão das horas, que essa é a deixa pra se ser feliz.
Põem o pé na rua, a alma no mundo e se deixa levar.
Ouve a musica, embala na dança e desperta.
Desperta pra vida, bonita e travessa que te chama pra dançar.

Abre os olhos. Acorda pro dia. Que já passa da hora, de levantar.

Shhh


Ainda calada, tenho muito à dizer.
Mas esses ouvidos surdos, só ouvem quando grito meus silêncios.
Esse silencio que restringe. E restringindo me permite ser.

sábado, 28 de maio de 2011

Sobre a falta.



Meu coração anda a bater sozinho.
Feito eco fazendo zoada no vazio.
Não há amor que me falte.
Falta-me amigo.
Aquela luz. Aquela graça. Aquela alma pra acalmar a minha.
Quando a alma aperta, incomoda o peito, e toda dor fica a querer saltar do peito, não há ouvido que falte.
Falta-se é coração por detrás do peito.
E não há hora que passe, e não resta corda pra dar volta ao mundo.
Não há céu suficiente para tanto cinza.
Mas o mundo é grande pra quem é sozinho.


"...Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração..."

sábado, 7 de maio de 2011




Tenho perdido minhas próprias batalhas.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Paradeiro


Nem aqui nem lá.
Não há lugar onde possa estar.
Não sou daqui, nem vou por lá.
Onde eu estou? aonde vou chegar?

-Não pertenço-

Nem a mim, nem a ninguém, nem a qualquer lugar.
Não estou em mim, e não há lugar onde queira estar.
Não me sinto em casa, não sou bem vinda.
Não me encontro e me perco, onde quer que vá.

Estou à deriva.
Que então só me reste naufragar.

domingo, 17 de abril de 2011

"E tua ausência fazendo silêncio em todo lugar.."



Sabe, posso viver irritada, ser incrivelmente chata, nunca admitir que estou errada, mas admito que desaprendi a viver sem você.
Descobri que sou capaz de enfrentar filas intermináveis, congestionamentos incalculáveis e rir com você do meu lado. Mas sabe, sem você,até chocolate perde a graça.
Posso superar minhas crises infindáveis, meus choros compulsivos, meu péssimo habito de ser pessimista e pragmática. Mas não posso superar você.
Sei que posso aguentar a programação inteira de domingo que é um suplício, posso gostar de ter milhões de aula de física, mas acredite, é só porque eu sei que mais tarde, você sempre dará aquele jeito de me ver.
Então, volta logo!
Porque você me leva junto cada vez que se ausenta. Leva o meu sorriso e o nosso amor perdido na bagagem.
E se o teu cheiro começa a desaparecer da minha memória meu coração começa a dar sinais de alerta. Ele quer você de volta.Inteiro ao meu lado.
Te quer de volta, pra poder bater. Eu te quero de volta pra poder sorrir. Te abraçar, te sentir.
Com você sou completa, sem você, eu sou brega.
Porque tudo que sei é falar de amor.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Desalento


Quer esquecer os problemas, as mágoas, as frustrações, os pensamentos.
Quer se separar de tudo e construir barreiras.
Quer se perder do tempo, daqueles uns de tudo.
Quer esquecer que a vida, tão vivida, é em branco e preto.
Não quer mais nada, que não possa ter.
Não quer tanto, que já não quer querer.
Quer esperar num canto, fechar a porta, fechar os olhos e adormecer.
E só.
E que o tempo passe. Na velocidade que bem entender.
Mas passe, passe por tudo e lhe faça esquecer.



"..Deixo o sol bater na cara
Esqueço tudo que me faz mal
Deixo o sol bater no rosto
Que aí o desgosto se vai.."

(Cidadão Quem)

quinta-feira, 7 de abril de 2011

M - eu


Entre as linhas me escondo,
E aqui, que entrelinho meus excessos, onde me exagero.
Minhas palavras, minhas medidas não perfeitas,
são guardadas, jogadas, deixadas aqui,
onde chovo, e floresço.
Meu mundo particular, onde calada,
Eu me deixo gritar, e esperneio.
Se engulo sapos, baixo a cabeça, ando na linha
E por aqui que me deixo perder o freio.

Eu não escrevo porque sou.
Porque só sei ser, quando eu escrevo.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Me diz,


Com um mundo tendo 6 bilhoes de pessoas, porque que eu continuo me sentindo sozinha?



"Não é fome, não é sono, não é falta de tempo,
não é dor física,
muito menos depressão.
Só vontade de me desligar do mundo por alguns segundos."

Caio F.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Nada mais que uma divagação.


Eu sou uma pessoa estranha. É fato. Eu realmente queria poder virar as costas e dizer bem alto: Foda-se! E não me importar. Mas como eu disse, eu sou uma pessoa estranha. Eu amo. E, nossa, como eu amo! Me apego fácil, e por mais que a vida tenha me ensinado umas e outras vezes, que as palavras amigo ou amor, não podem ser ditas assim com tanta frequência, ainda assim, elas fluem. Alem de estranha, acho que devo ser meio idiota. Nada de inocência, mas confesso que uma certa ingenuidade. Não adianta. Pode me machucar, me magoar, o quanto for, que na primeira oportunidade, estarei eu ali, novamente, com meus amigos e amores, imaginários ou não.
O fato é, eu sou realmente uma pessoa estranha. Porque eu me entrego. Eu gosto de pessoas, eu gosto ainda mais de ser querida por elas. Sem exageros.
Eu gosto de ser abraçada fortemente, não aquele abraço sem graça, de gente que mal se conhece. Eu gosto de segurar a mão. Mesmo que timidamente. Eu gosto de ter um lugar pra correr onde não seja preciso conter o riso ou o choro.
Mas eu sou assim porque, sinceramente, eu acredito que o mundo já tá ruim de mais pra se ficar desconfiando ou julgando demais.

Não acha?

quarta-feira, 2 de março de 2011

Precisa-se..

..de um amigo.
Daquele que saiba conversar até te fazer esquecer os problemas. Que saiba te ouvir, até fazer aquela angustia vazar do peito pra fazer te sentir mais leve. Que tenha aquele dom de te fazer rir, cujo abraço seja apertado e o coração do tamanho do mundo. Que não te abandone, que não te mime e não tenha medo de te dizer quando passou dos limites. Que aceite desculpas, peça desculpa e saiba perdoar. Que saiba ter medo junto, e que goste de caminhar. Que fale. Tanto ou quando ouça. Porque mais importante que ouvir, é saber escutar. Alguém onde a palavra amigo seja permanente. Que deseje compartilhar vitorias, e mais que isso, que faça parte delas. Alguém que some e não suma e não te exclua.
Alguém que te ame. Do jeito que você é. Que te melhore. Um amigo, desses que faz a gente entender, que viver e ganhar sozinho não tem graça. Um desses pra quem a gente corre pra abraçar. Desses que te ajudam a segurar firme a barra, e te fazer ter certeza que no final tem sempre uma luz e um abraço.


(Porque hoje, as pessoas não se conhecem. Se fecham num mundo que criam. E acham que sozinhas conseguirão tudo. Que lá no topo de suas vidas vazias, sozinhas, estão imunes a dor. E são incapazes de perceber que amizade vai muito além de uma palavra.
Esse post é dedicado a todos os meus amigos. Não tenho muitos, mas os tenho por toda parte.
Sempre. E eles me fazem feliz, muitas vezes sem perceber, sem saber. E porque me ajudam e me ensinam, todos os dias, a destruir os muros e construir as pontes. )

"Amigo que é amigo quando quer estar presente
faz-se quase transparente sem deixar-se perceber
Amigo é pra ficar, se chegar, se achegar,
se abraçar, se beijar, se louvar, bendizer
Amigo a gente acolhe, recolhe e agasalha
e oferece lugar pra dormir e comer
Amigo que é amigo não puxa tapete
oferece pra gente o melhor que tem e o que nem tem
quando não tem, finge que tem,
faz o que pode e o seu coração reparte que nem pão.."

(Zélia Duncan)

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Me esconde?


"Por te falar eu te assustarei e te perderei? Mas se eu não falar eu me perderei, e por me perder eu te perderia"

(C. Lispector)


Eu queria ser invisível. Não ter que escolher palavras, nem ter medo de dizê-las.
Eu queria ser invisível! Poder fechar a cara e ser quem eu decidisse que gostaria de ser nesse momento.
Eu queria ser invisível? Viver sozinha no planeta e no tempo que combinasse com o dia que eu mesma inventei?
Eu queria ser invisível... Pra poder ser,ou não ter que ser, eu.


Mas se pudesse, eu queria mesmo era ser invencível. Porque ai nunca, nunca, perderia pra mim mesma.

sábado, 19 de fevereiro de 2011



Seus olhos vagueiam ao longe
ao ponto de se perder na imensidão
Seu coração temeroso anseia
o que muitos dizem ser a luz na escuridão.
Seus pensamentos, feitos em rimas
se empilham e se ajeitam com emoção.
Seus sentimentos são novos
Mas já não é tão novo teu velho coração.
Da tua alma menina, se escuta entoar uma linda canção
Numa dança guiada de sonhos
a vida lhe embala, num turbilhão.
E se deixando guiar
perplexa e feliz
Deixa a cargo do amor,
sem forças pra resistir,
esse velho coração.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Escuta-me





Meu silêncio transborda.
Passa do fundo do poço e me engole.



"A velocidade que emociona
É a mesma que mata
O sorriso antigo agora
É lágrima barata
A vida não pede licença
E muito menos desculpa
O perdão é que possibilita
O nascimento da culpa

E assim
Viajando pelo mundo sem fim
O silêncio planta seu jardim.."

(Paulinho Moska)

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Be happy


O ser feliz não se compra, não se vende e não está nas mãos de ninguém.
Não dura pra sempre, não é eterno, não perece.
O ser feliz não é algo que se construa, que se destrua ou se mantenha.
Ele só é. Quando é.
Pode durar muito, ou pouco, ou nem existir.
Ele pode estar com você, vir de você, ou partir.
O ser feliz, é nada mais que vento.
A nós só é cabível sentir.
Pare de tentar aprisiona-lo num vidrinho, de tentar acha-lo. Ou de esquece-lo.
Finja que não existe.
E quando não houver cobrança, nem esperança, você vai ser feliz.

Então, vá ser feliz.



"Don't worry, don't worry, don't do it, be happy
Let the smile on your face
Don't bring everybody down like this
Don't worry, people will soon pass
what ever it is
Don't worry, be happy
I am not worried, "I am happy""


(Bobby McFerrin)

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Vamos mudar de assunto?
Mudar o foco, mudar o rumo.
Isso de ficar assim me cansou.
Essas nossas palavras não tem mais o mesmo valor.
Cala essa boca, vamos fugir.
Vamos só seguir e ver no que dá.
Essa conversa séria já me cansou.
Vamos mudar de assunto?

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Essa história de amor


Procurei por toda a tarde inspiração pra te escrever. Queria te escrever algo bonito, algo perfeito, que traduzisse tudo aquilo que me fazes sentir. Queria te escrever algo que te deixasse tão feliz quanto me deixas. Que te fizesse sorrir feito bobo, como me fazes sorrir. Que fizesse teu coração bater e saber que eu sou a pessoa certa. Certa pra você.
Mas a palavra certa não veio. Porque não há perfeição no amor. Não somos o casal perfeito, feitos um pro outro sobe medida exata. Somos só eu você, juntos.
O nosso amor não é romance de novela, com frases bonitas, cheio de mocinhos e bandidos. Nós somos nossos próprios heróis e nossos próprios vilões. Não é aquele amor perfeito, é mais bonito, é real.
Não sou sua princesa encantada, sou sua menina, aquela que te faz rir e faz palavras cruzadas com você numa manhã de sábado. Sou sua namorada, aquela que te irrita com suas birras e suas imaturidades, mas que você ama.
Você não é nenhum príncipe, é nem sei se gosta de cavalos. Que dirá branco. Você é simplesmente aquele moço bonito que segura minha mão e me puxa pra perto pra me abraçar e me encher de beijo. Que me tira o fôlego, me faz amar e odiar tudo junto.
Você é meu amigo, meu amor, meu namorado. Sendo apenas você e me deixando ser eu.
Sem roteiros, sem teatro, sem fantasia.
Só eu e você, nesse nosso mundo real. Com esse amor real que é muito mais bonito.



"Teu corpo combina com meu jeito
Nós dois fomos feitos muito pra nós dois
Não valem dramáticos efeitos
Mas o que está depois

Não vamos fuçar nossos defeitos
Cravar sobre o peito as unhas do rancor
Lutemos mas só pelo direito
Ao nosso estranho amor.."

Caetano - Nosso estranho amor

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Sobre pequenas grandes vitórias.



Demorou mais do que eu imaginava. Foram tantas faltas, tantas magoas, tantas duvidas. Foram mais que 365 dias de angustias, de pressões, de medos. Foram mais que 24 horas cobrando de mim mesma. E eu não me decepcionei. Não dessa vez.
Foi um ano exaustivo. Mas gratificante. Um ano em que mostraram que era preciso confiar mais em mim. Um ano de grandes lembranças e de grandes amigos.
Se eu duvidei que chegaria? Infinitas vezes. Mas chegou. E eu não precisei deixar de ser quem sou pra isso. Eu não gosto de sofrer, apesar do que pensam. Eu gosto de sentir. Eu sou leonina. Sou guerreira tanto quanto sou frágil. Sou humana.
Me perdoem os que discordam.
Eu venci. Uma pequena batalha aos olhos do mundo. Mas uma imensa conquista dentro desse meu mundinho.
Dizem que eu gosto de sofrer. Então que digam que comemoro por tudo. Porque quando eu sou feliz, eu sei ser feliz.
Não foi esse ou aquele sonho. Foi o meu sonho. Bobo, ou não. É meu.
Então me dá licença, que vou ali pintar meu mundinho de rosa é ser feliz.
Porque não é todo dia que se alcança um sonho.


"Somewhere over the rainbow
Way up high
And the dreams that you dream of
Once in a lullaby.."


( Eu, enfim, consegui entrar na universidade que eu dejava, no curso que eu tanto queria. Esse texto é apenas isso. Nada mais que o meu jeito de comemorar.)

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

2 anos de blog.


Um dia,a dois anos a trás, quando voltava pra casa, decepcionada comigo mesma ao fazer uma prova horrível, praticamente sem esperanças de entrar em uma universidade e com o peito entulhado de coisas por falar, eu criei esse blog.
No começo, essa casa que chamava-se "Em anexo" começou timidamente a ganhar cor, luz, e aos poucos foi sendo habitada.
Ao longo de 2 anos, eu já fui e voltei, e entre essas linhas já me escondi ou me mostrei.
Dia 11 o blog, o meu blog, a minha morada, completou 2 anos.
E onde habitam meus pensamentos, permanece meu coração, e se torna lar.
Entre tantas outras coisas, parabéns pra nós.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

2011



Segue caminhando. O mundo atrás de si, rui a cada passo. Mas não há hesitação. Não há sequer um olhar pra trás. E segue. As lembranças ruins, perderam-se no minuto que passaram. E, se as boas estarão sempre tão bem guardadas, não há motivo pra se virar. O caminho à frente é curioso. E preciso atenção. Não dá pra voltar o passo. O relógio é malvado e não para. Porque perder tempo?
Atrás, o mundo desmorona, e se transforma em poeira, em lembrança.
Mas o que vem pela frente, é folha em branco. E quando não há nada impossível, qualquer sonho é uma possibilidade.
Porque passado o passado, o futuro é o que nós conduz.

Que venha 2011. Lindo. E em branco.