sábado, 24 de setembro de 2011

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E o dia amanheceu mais cinzento do que a maioria. E veio aquela vontade absurda de escrever sobre aquela angústia que a gente quer acreditar que desconhece, mas que sabe bem de onde vem, e tem nome certo. Nem dá pra saber ao certo se a trilha sonora é do rádio que você ligou sem perceber, ou da sua cabeça que não te deixa em paz, mas fato é que aquela batida triste vem te acompanhando há dias e nem dá mais saber se é o peito ou a vida que tá escolhendo sua playlist.
Pode-se observar incansavelmente o dia correndo lá fora, que será sempre a mesma cena passando diante desse olhar vazio. E aquilo fica martelando na sua mente, como castigo pela confusão.
Naquela hora, nem as palavras estavam do seu lado. Na hora que deviam entrar em ação, calaram-se e te deixaram quieta. E você não disse uma palavra sequer quando era a hora. Foram apenas suspiros e então se virou pra dentro, junto com elas, inútil.
E já não se sabia mais fazer o outro feliz. E já não tinha a menor graça ser feliz sozinho.
Perdeu-se o foco, se perdeu a essência, o sentido, o sorriso.
E talvez tenha restado algo, mas hoje o céu amanheceu cinzento de um azul triste, e o sol não sorriu quando a janela foi aberta.
Porque hoje, quando o sol saiu, todas as pontas haviam sido destruídas.

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