E eu desato a escrever palavras, a gritar minhas angustias tão sentidas e já não sei dizer se esse abismo sou eu, ou se me jogo.
...
E então eu paro de escrever, e desisto. Porque eu não quero, nem espero ser lida. Queria era ser confortada.
Eu queria, desesperadamente, ser abraçada.
Sem falar, sem ser, sem dor ou entender.
E não de repente, eu queria apenas encostar minha cabeça, num peito cujo coração batesse devagar, a me acalmar.
Como se no silencio, antes tão desesperador, sussurrassem palavras suaves que parassem - e amparassem - meu mundo esquisito e me fizesse feliz por um segundo.
Eu queria, por um breve segundo, saber como é ser acalentada.
Me sentir amada. E sem medo de despertar sozinha, adormecer.
...
São só umas tantas palavras. São só pequenos desesperos abafados. Apenas eu, uma tela em branco e as mesmas angustias no peito.
E ninguém que leia. Ou se importe.
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