sábado, 15 de agosto de 2009

Dos Medos

Ela fitava seus pés.
Ruía, e enquanto ouvia aquilo que mais tentava esquecer, desabou. Perdeu o sorriso. Se Ele a olhasse nos olhos, veria aquele filme que passava na cabeça dela. E como se já não lhe causasse tristeza suficiente perder-se no antes, deixava-se levar pelo que pudesse vir depois.
Desejou não estar ali. Se sentiu pequena, fraca. Queria ir embora, dar as costas sem ter coragem de olhar pra trás. Mas se deteve. Ela tinha medo que o "Ir embora" não tivesse retorno. E não vê-lo, doeria tanto quanto ter que olhá-lo naquele momento. Silenciou-se, não por não ter palavras - tinha tantas! - mas porque sabia que seus olhos lhe trariam, desatariam num choro envergonhado, que nem se permanecesse por horas em volta daquele abraço que tanto amava, não cessaria.

A verdade, é que tinha medo de perdê-lo. E mais medo ainda, de que talvez isso, pudesse ser o melhor pra Ele.

Porque pra ela,
Ele é o seu melhor sorriso.
Seus braços são pra onde Ela corre quando triste,
e é no seu abraço, que Ela deixa-se perder no tempo.
É ele que ouve a suas bobagens,
E é sua risada gostosa que melhora seus dias.
Dias esses, que ela deseja passar todos aos lados dele.

E ele a faz tão feliz, que ela talvez abrisse mão dele,
Se isso o fizesse feliz também.


"Talvez não seja nessa vida ainda
Mas você ainda vai ser a minha vida
Sem ter mais mentiras pra me ver
Sem amor antigo pra esquecer
Sem os teus amigos pra esconder
Pode crer, que tudo vai dar certo

Você acredita em uma outra vida, só nós dois?
Pode crer, que tudo vai dar certo...." ( Outra vida - Armandinho)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixaram anexado aqui: