quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Do muito pouco do nada


Eu quero ser surpreendida.
Quando eu virar tempestade, e tudo em mim transbordar, quero que ele se faça sol e evapore minhas lágrimas.
Quero que quando minhas ausências doerem, ele apareça no meu portão.
Quero que quando parecer acabado, me olhe e diga que acabou de começar.
E me beije, até me fazer sentir o gosto bom de estar enganada.
Porque quando o engano é doce, é mais doce ainda a surpresa.
Quero, naquele momento em que eu tiver falado tudo, e ainda tiver mais ainda pra falar, que me deixa falar. Me deixe explodir, estourar. E depois me ajude a reconstruir.
Eu quero ser surpreendida.
E pra minha maior surpresa,
eu quero apenas uma mão pra entrelaçar na minha.



'"Porque tu me chegaste
Sem me dizer que vinhas
E tuas mãos foram minhas com calma
Porque foste em minh'alma
Como um amanhecer
Porque foste o que tinha de ser"

( Do sempre doce, Vinicius de Moraes.)


P.S.: Desculpem..hoje a última coisa que eu queria, era fazer sentido..

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