quinta-feira, 12 de junho de 2014

Conte um conto, e conte a solidão.

Enquanto tornava a encher seu copo pela décima vez, sentada sozinha naquela mesa de bar, pensava em como tudo tinha acontecido. Aquele definitvamente não era um bom dia para se estar sozinha. Mas com certeza não era bom o suficiente para se estar mal acompanhada. Ela já estava acostumada com essa sensação de que as pessoas que a rodeavam não era suficientes. Faltava algo, ou alguém que fizesse aquele melhor vestido rodado que estava vestindo valesse a pena de ser visto. Mas ela tinha feito de novo, isso de estar sozinha. Nem sempre a culpa dela, e ela sabe disso. Mas ainda assim, nesse dia, sentia-se pateticamente sozinha. Onde estaria aquilo que todos parecem ter, exceto ela? Ela estava ali, impecavelmente vestida pra ninguém. Nem mesmo pra si mesma. Não tinha ninguém. Nem paciência. Nem expectativa. Mas ela tinha um copo e uma garrafa interminavel de uisque. E bebia, sozinha, sentada numa mesa de bar. 
Era no fundo do copo, de gole em gole, que ela encontrava o amor.

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