domingo, 21 de junho de 2009

"Domingo eu quero ver Domingo passar.."

Era domingo. E por mais que seu signo insistisse em dizer que domingo era o seu o dia, ela continuaria a odiar o domingo.
Era tedioso. Em seus domingos, não tinha nada pra fazer. E nesse, em especial, ela estava triste. Tentou se isolar de todas as formas, mas só conseguia escapar daquele sentimento augustiante de inquietude quando lia. Hoje, ela devorava os livros, mastigava as palavras, tapando rapidamente qualquer pensamento que pudesse lhe ocorrer. Ela não queria pensar na vida. Na sua vida. Por que o dia estava simplismente estonteante. Era um daqueles domingos para não se parar em casa, daqueles que devem ficar guardados pra sempre na memória em fotos amaradas aos lado de pessoas que amamos. Num desses domingos em que ninguém devia estar em casa, ela estava. E por que? Ela tinha amigos. Ela tinha namorado. Mais ela não tinha vida. De tanto recusar convites. seus amigos pararam de ligar. Ela queria sair, mas já não tinha ninguém. Era ótima pra construir muros, e destruir pontes. Seu único refugio eram os livros? Não. Eram sua forma predileta de isolamento. Se escondia neles para não ter que viver sua vida. E por que não a vivia? Sabe Deus!
Restava-lhe então odiar os domingos, principalmente os de sol. E por mais que se escondesse, lendo livros atrás de livros, não conseguia esconder sua fragilidade, sua insiguinificancia, sua tristeza. Hoje não. Estava se sentindo sozinha demais pra isso. Sua solidão hoje estava mais pontuda que o normal. Mais angustiante. Desejou dormir..teve tanto sono que desejou não acordar. Acordou numa manha de segunda-feira.
E como na Segunda é que nascem todas as promessas, prometeu a si mesma acordar.

E foi numa Segunda-feira que ela acordou pra vida.
Há quem diga que foi a primeira Segunda-feira do ano que teve cara de Domingo.

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