segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Círio de Nazaré.


Todos os anos se repete a tradição. O povo paraense, povo devoto, de uma cultura de escravos e índios, de colonizados e colonizadores, todos se juntam e fazem festa pra Ela. Ela, Padroeira da Amazônia, ganha dia, mês. Mãos que se juntam e se entrelaçam pra agradecer. Deixam-se padecer pra mostrar o amor que os move. Amor e Fé. Juntos, unidos por um mesmo ideal.

Um mar de gente. Corações que pulsam espremidos uns contra os outros levam a corda da berlinda.

Pra então Ela, em toda sua graça, derramar sua bênção sobre nós.

Porque a única coisa capaz de mover um povo inteiro, é a Fé.


"Pororoca humana
Corda trançada de gente
Gente grudada de fé!
Desaguar de promessas
Cuia de esperança
Canoa que não afunda!
Círio...
Senhora de Nazaré
Mãe da Amazônia!
Essas cantigas de fé

Esses sorrisos
Essas lágrimas
Esses pés descalços
Esses joelhos esfolados!
Outubro -Belém
Cheiro de gente
Esse povo Essa fé!
Tudo
Todos
Igualdade
Olhos ao céu
Coração em Deus!"

(Luiz Alho)



Paraense de nascença, coração e tradição.

Eu estive lá.


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