terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Quando as portas se fecham


Não quero acordar. Recuso-me a abrir os olhos e ver o que está diante de mim. Nada me espera. O futuro é escuro, os monstros me gritam pesadelos em baixo da cama. Não quero abrir os olhos. Tenho medo. Deles, de mim.
Não vejo o sol nascer, o raio que entra pela fresta é frio. Já não me aquece, não me anima, não me dá coragem.
A cabeça pesa, o coração é tolo e ainda insiste em bater. Inútil.
Tristeza não é o que me abate. Até está já faz tempo que caminha longe de mim.
O que me mata, é não saber.
Não vou abrir os olhos, não quero ver a esperança partindo de mim.
Só sinto não ter tapado os ouvidos a tempo.
São seus passos já distantes que escuto ao longe.

Um comentário:

  1. muitas vezes encontramos nossa "melhor" luz dentro da gente!
    feche os olhos e procure dentro de você o seu caminho!

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