segunda-feira, 27 de abril de 2015

Sobre aquele famoso vazio do peito.

Que Aperta. E aperta. E aperta. 

E  como saber o que dói a ponto de fazer falta quando nada te falta? O sol vive a te sorrir em dias tão azuis, tem braços prontos e a ponto de abraços ao teu redor, tem risos companheiros, a mesa tá farta, a vida corrida. E mesmo assim, algo te falta. O que falta? Se tens tudo? Nada. Um nada tão pequeno, e ainda assim, tão grande a ponto de comportar a falta gigante e apertar o peito. Nada te falta. E ainda assim tudo te dói. Que tudo é esse que cabe no nada? Que mundo estranho é esse que cabe na falta? Que falta é essa que se esconde na ausência do tudo? que tudo é esse, que não te serve pra nada, se ainda no tudo, faz falta? 

E de novo, aperta. E aperta. E aperta o peito. 
Deixemos pra lá, 
não é nada.

Um comentário:

  1. Sabe uma vontade incontrolável de dar colo a um estranho? Pois é, é trágico quando isso é despertado ao ler um texto de um blog?

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