segunda-feira, 1 de junho de 2015

Quase nada.

Ninguém viu. 
Não era ninguém, como veriam?
Só se vê grandes pessoas e feitos imensos. 
Mas eu vi. 
Por mera distração.
Não é sempre que figuram tão grandes pequenos feitos no meu jornal de pequenas coisas. 
Estava lá, parada. 
Invisível no meio de tanta pressa, de tanta busca por espaço. 
Parada.
No meio de tantas carrancas, de várias cegueiras, imperceptível. 
E eu vi. 
No meio de toda aquela gente, do outro lado da rua. 
Sim, eu vi. 
Parada no tempo, no meio do meu dia cinza,
a moça sorriu.
E eu sorri também.
Porque eu vi.

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