domingo, 16 de novembro de 2014

(a Mar)ia.

Agora a doida da Maria disse que ama. Sentiu um formigamento no peito, e disse aos quatro ventos que era amor. Ai Maria, o que tu sabe do amor, menina? Maria pensa que palavra de amor é feito semente que a gente joga no vento e vai florescer em algum peito. No peito da Maria ainda não teve terra queimando, secando ao sol do desprezo. 
E Maria ainda diz que sentiu aquele ventinho na barriga, da tal das borboletas. Foi porque ainda não deu tempo da falta de amor roncar na barriga da Maria. E ela, pessoas, diz que quer dar pro menino amor as suas horas, seus dias. Nunca viu seu relógio parar na angustia da espera, a Maria. Mas quem disse que a Maria liga? Liga é pra ele, a coitada. Liga de noite e dia. Porque ligou o coração e desligou a memoria. 
E alguém, pelo amor de Maria, diz alguma coisa? Diz é nada não, minha gente. Deixa Maria encher do amor. Que com sorte, Maria chove amor na secura da gente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixaram anexado aqui: