domingo, 16 de novembro de 2014

Emenda.

E não vim pra esse mundo com paciência suficiente pra aguentar essa vida que me testa a todo instante a qualquer custo. Sempre dois caminhos, todo o tempo. Duas escolhas, o tempo todo. Pessoas, destinos, tudo a merda dessa vida me dá em dobro. Como se toda minha historia fosse parte de um programa de quinta, mal escrito e que ninguém assiste, baseado numa surreal jogada de cara ou coroa, da qual depende minha vida. Uma puta duma sacanagem. 
Mas ai veio você. E pela primeira vez eu não quis mais viver no meio de nada. Troquei a corda bamba do circo que era a minha vida pelo o atirador de facas. Quis ser o alvo. Teu alvo. Abri os olhos enquanto tu me atirava teus despropósitos com a certeza infinita de que era o teu risco que eu queria. E a aquela faca me acertou em cheio. Mas palhaço de circo não é feliz. Quando já não tinha mais caminhos pra me dividir, veio a vida e me dividiu ao meio. E você, sempre tão inteiro, não quis e nem pode arcar com o peso das minhas metades. E eu, apesar de certa, partida, tive que partir sem você. 
Agora tenho duas metades. Parte Pierrot, parte Arlequim. Parte que sorri, ri e aproveita a vida. Parte que sufoca a risada, aos gritos. 
Ambas, apaixonadas por ti.

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