sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Eu queria ser daquele tipo de pessoa cativante, que tem grandes amizades e muitos amigos. Eu queria ser do tipo de pessoa que faz sorrir por ai e tem pra quem ligar em um dia de tédio dizendo "ei, vem me fazer companhia". 
Aquele tipo de pessoa que por onde passa esbarra num carinho, num gesto de amizade, numa cumplicidade. Que por menos tempo que passe em algum lugar, consegue deixar algo, inclusive sua falta. 
Mas eu não sou assim. Eu sou fechada e tão irritante quanto irritável. Se tenho dois ou três amigos nessa vida de bilhões de pessoas é muito. Passo invisível e incompreensível por todos os cantos. E por onde passo, esbarro em desavenças, controvérsias e falsas palavras. 
Num dia vazio de companhias, minhas inúmeras ligações me servirão apenas para colecionar desculpas. Não há quem queira estar comigo ou se fazer presente.
Passe o tempo que passar, tudo que consigo é seguir em frente como se meus passos nunca tivessem pisado qualquer caminho. 
Essa sou eu. Invisível. Visivelmente vazia e inalcançável. 

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