quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Resoluções de um ano não novo.

Vivemos pensando sobre quem somos, onde estamos na vida e o que seremos. Não vivemos? Se você não, eu sim, muitas e muitas vezes.
Eu vivo com essa necessidade de me definir, de dizer "olha, isto eu sou, mas isto não, não sou eu". Como se eu precisasse de uma definição pra caber, um limite pra essa infinidade de possibilidades da nossa existência.

Dizem eles que podemos ser tudo, tantos, todos, quem quisermos ser. E dizendo isso, eles tem a falsa impressão, o ridículo propósito de nos dar a sensação de sermos livres, quando na verdade, é realmente sufocante tantas opções de ser.

Eu sou uma hoje, mas posso ser outra amanha, e isso parece tão perfeitamente normal, por sermos feito todos dessa coisa inconstante. Mas ai vem um e diz que a questão é ser ou não ser, e isso fica martelando dia e noite na minha cabeça. Não fica na de vocês?

Tudo que eu sei, é que no meio de tantas visões de mim mesma, eu não quero o peso e a imparcialidade sem graça, de ser tantas. 
Eu me defino todos os dias, quando digo o que gosto ou não. Mas se são os gostos passiveis de mudança, quem seria eu?

Se eu sou essa que vês, quem sou pra mim, quando não posso me ver?

Eu não tenho nenhuma certeza, mas eu começo a ter uma ideia. 

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