segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Só mais um punhado de clichês e pensamentos aleatórios.

Então eu fui sentar naquela praça próxima a universidade, quando acabaram as aulas. Colocar a playlist no aleatório, sentar e ver as folhas amarelinhas caírem, o que aparentemente, se tornou meu esporte favorito de outono. E eu só fiquei lá, entende, vendo as pessoas passando e as folhas correndo do vento. 
Entre um pensamento, observando o tempo colorir aquele lugar lindo eu me dei conta de como eu sou apaixonada por Budapeste. De como eu sou apaixonada por tudo na verdade. Eu me apaixono tão fácil. E sei lá, eu não tenho um critério. 
Eu fiquei lá pensando que nada me impede de me apaixonar por aquele cara que passa distraído olhando o celular, ou aquele outro que ia apressado, com uma sacola de compras. 
Eu me apaixonaria pelo saxofonista que toca todas as semanas, na parada do tram em frente ao meu prédio enquanto espera? Ou o vendedor da padaria, que não fala uma palavra de inglês, mas me dá um sorriso sincero, quando eu improviso meu húngaro fajuto? 
Talvez. Talvez eu me apaixonasse pelo cara que entrega panfletos da loja de mel na esquina, que sabe que eu pego esses mesmos panfletos todos os dias (Será que ele sabe, que eu espero virar a esquina pra joga-los no lixo, como se isso magoasse ele?). Quem sabe.
Quem sabe eu me apaixonasse pelo fiscal do metro, que eu sempre cumprimento, porque ele sempre me parece tão triste! Ou pelo atendente do sebo, que uma vez por semana eu faço procurar milhares de livros, mas que quase nunca se irrita por eu não levar nenhum (quase nunca!).
Sabe, a verdade é que eu seria capaz de me apaixonar por qualquer pessoa que se desse ao trabalho de ser gentil comigo, porque é incrivelmente fácil me desarmar com um sorriso, sabe? 
Eu fico ligeiramente encantada com quem não me nega ou sorriso e ainda mais com quem me dá um de graça - como isso fosse coisa de outra mundo. E as vezes é, acredite.
Eu sei lá, é que essa tarde, lá na praça, eu percebi que, ao contrario do que eu pensava, eu poderia me apaixonar por qualquer pessoa, e que provavelmente, eu vou. E pela pessoa mais improvável do planeta, porque eu sou assim.

Por enquanto, é só deixar o tempo passar. E quem sabe?


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